Missão, Visão, Valores
Tratar a mente, cérebro e o corpo
Trabalhar para dar condições de reabilitação as doenças demenciais e estabilização nas doenças degenerativas
Confidencialidade, trabalho humanizado e individualizado
Michelle de Paula Souza
Psicóloga: CRP 06/181900 SP
Especialista em:
Neuropsicóloga Clinica & Psicologia Cognitiva Comportamental TCC
Reabilitar e Estabilizar Demenciais Cerebrais
A RC é uma classificação para casos de Reabilitação Cognitiva, para tratar pessoas com sequelas cognitivas decorrentes de lesões cerebrais adquiridas, não progressivas, como também atendendo pessoas que sofrem de déficits cognitivos em consequências de doenças neurológicas estáveis ou degenerativas.
As demências se caracterizam por quadros de declínio cognitivo, geralmente irreversíveis, que dificulta a vida diária da pessoa, e no seu relacionamento social. O padrão dos déficits, cognitivos apresenta inúmeras patologias diferentes como: degeneração, vasculares, AVC, traumas, infecções, obstrutivas, tóxicas e neoplásicas.
Os casos de demências segundo os relatórios apresentados pela Organização Mundial de saúde OMS, até 2012 era que entre 2% a 10% dos casos demenciais eram iniciados por volta de 65 anos.
Atualmente, após a pandemia 2020, muitas pessoas que foram infectadas pelo COVID 19, relataram sequelas neurológicas como também quadros demenciais, acelerando patologias como o Alzheimer, Parkinson, variante comportamental de demência Lobofrontal, que tiveram maior deterioração cognitivas após a infecção.
Muitas pessoas também tiveram diagnóstico chamado Névoa Cerebral ou Brain Fog, que se se manifestam de várias maneiras diferentes variando de intensidade e duração para cada individuo, são sequelas cognitivas pós Covid, com base na progressão de déficits cognitivos e nas alterações da substancia branca. As consequências são:
- confusão mental;
- dificuldade de concentração;
- falta de clareza mental;
- dificuldade de lembrar ;
- perda da memória de curto prazo;
- desorientação;
- sensação de letargia ou fadiga;
- dificuldade em tomar decisões;
- dificuldade em se comunicar verbalmente;
- problemas de atenção.
Cabe ressaltar que algumas pessoas que foram infectadas pelo covid-19 também tiveram quadros de manifestações neuropsiquiátricas (mudança no comportamento).
O comprometimento cognitivo deve manifestar , no mínimo, dois dos seguintes domínios: memoria, funções executivas, habilidades visuoespaciais, linguagem, comportamento e estado de humor.
Sendo importante frisar que alguns estados de demências pode não ser Mal de Alzheimer DA e sim outros comprometimentos relacionados a memória.
Intervenções fundamentadas em abordagens orientadas para a realidade e reminiscência , propondo temas específicos como:
- estimulação dos sentidos
- recordação do passado
- falando de pessoas e objetos
- questões cotidianas
Treino Cognitivo
Nos casos de pessoas com traumatismo cranioencefálico três abordagens que eram usadas que são:
Restauração: é fortalecimento e restauração da função cognitiva pela prática, repetição e organização das informações com objetivo de promover novos aprendizados, exemplo: treino expandido ou evocação espaçada e apagamento de pistas
Compensação: é uma técnica que estimula a realização de atividades pelo uso de estratégias compensatórias, auxilio externos e novas tecnologias, para assim reduzir a discrepância entre a demanda do ambiente e a habilidade reduzida.
Reestruturação: considera a possibilidade de da reestruturação e planejamento ambiental para alterar a demanda colocada em indivíduos com deficiência cognitiva, facilitando sem desempenho funcional e promovendo sua participação social.
As estratégias apresentadas são utilizadas em combinação com a técnica do aprendizado sem erros,
na qual se evita, na medida do possível, que os sujeitos cometam erros enquanto estão aprendendo uma nova habilidade ou
adquirindo novas informações. Naqueles com problemas de memória, tal técnica evita que cometam erros durante a aprendizagem,
minimiza as possibilidades de respostas erradas, mesmo porque elas têm menor capacidade de lembrar se dos próprios erros
(anteriores) para corrigi-los.
Propostas atuais de reabilitação cognitiva em demência e comprometimento leve é definida como um processo que trabalha uma equipe multidisciplinar com vários profissionais, e com ajuda da família e escola com o objetivo de atingir seu nível máximo de qualidade de vida e bem estar, físico, psicológico, social e vocacional
As intervenções em RC têm sido formuladas pelo modelo conceitual proposto pela Organização Mundial da
Saúde (OMS, 1980);
As definições quanto às sequelas dos danos cerebrais foram:
1) Deficiência.
Referente a perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica. Por
exemplo: na DA, existe um prejuízo progressivo das estruturas cerebrais, com ênfases no lobo temporal medial, tendo como
consequência disfunções cognitivas.
2) Incapacidade.
Consiste em deficiência, restrição ou falta de capacidade para realizar uma atividade na medida considerada
normal para um ser humano. Continuando com o exemplo, a disfunção cognitiva pode ser expressa em falhas na memória
(episódica, prospectiva, operacional), fazendo com que a pessoa esqueça diversos compromissos.
3) Desvantagem.
Considera a situação prejudicial, em consequência de uma deficiência ou uma incapacidade, limitando ou
impedindo o desempenho normal para a realização de tarefas habituais no contexto ambiental.
A abordagem da "Neuropsicologia Cognitiva" estava mais focada
em analisar as deficiências pelos escores dos testes, em vez de entender como são as incapacidades e as limitações ou
desvantagens do portador da deficiência.
Atualmente as propostas são outras onde se incluem um estudo e observação mais aprofundadas, sob as perspectivas de um modelo biopsicossocial de atendimento
para pessoas com deficiências.
Destacando-se a análise do impacto não só das doenças ou de seus sintomas, mas
também das diversas condições que podem influenciar a capacidade funcional do indivíduo.
A neuropsicologia atual leva em conta, o nível de incapacidade e desvantagem da pessoa e considera o nível de participação e de envolvimento nas atividades, as quais sofrem
interferência dos fatores ambientais e pessoais.
Ressaltando que cada pessoa com demência reage de maneira
diferente as dificuldades diárias, assim os cuidados e as intervenções devem estar focados para as
qualidades da pessoa, e não só na doença, pois as características pessoais, história de vida e experiências devem ser comparados e analisados.
Em diversos serviços de saúde incorporaram o conceito de “Cuidados Centrados na
Pessoa” em sua modalidade de atendimentos.
A abordagem Neuropsicológica orientada para metas é o meu foco e objetivo:
Hoje as intervenções em reabilitação são focadas na realização de objetivos altamente individuais, os quais necessitam ser
funcionais, sociais.
A reabilitação cognitiva tem o objetivo em melhorar o desempenho cognitivo em tarefas e não somente em maximizar a capacidade do
paciente para processar e interpretar informações a fim de melhorar o funcionamento diário prejudicado.
Considerar algumas condições:
- que o alvo da intervenção seja realista (de acordo com
as condições do paciente)
- significativo para o paciente.
- considerar a escolha “da meta ou do objetivo” alvo da intervenção,
Após analise propor objetivos e metas da intervenção customizada e individualizada.
A reabilitação neuropsicológica cognitiva tem sido uma proposta efetiva e de sucesso, nos casos de lesão cerebral, acidente vascular cerebral, doenças neurológicas, deficiência física, dor crônica, idosos, transtornos demenciais e na aprendizagem.
Indivíduos com demência em estágios iniciais são capazes de demonstrar consciência e reconhecer as próprias dificuldades, conseguindo identificar objetivos relevantes e significativos que desejam
atender, além de parecer reconhecer quando chegam à meta.
É importante ter um esquema estruturado de identificação de objetivos individuais e avaliação dos progressos da intervenção
até alcançar a meta.
A identificação e a especificação da meta são consideradas o ponto de partida da intervenção, possibilitando a medição da
eficácia do tratamento.
A intervenção acontece em três fases:
1. Especificação da meta
2. Ponderação da meta
3. Definição de níveis de resultados.
Portanto nos últimos anos a Neurociências junto a Neuropsicologia Clínica tem conquistado enormes avanços na área demencial e no transtornos da aprendizagem e sendo necessário a elaboração novas abordagens para reabilitação.
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